O Teatro Dulcina recebeu cuidados que há tempos não se via: reabilitação das poltronas, pintura, limpeza e acessibilidade para Portadores de Necessidades Especiais (PNEs). Agora, os espetáculos podem receber até 410 pessoas – sendo 307 no primeiro piso, com 10 lugares reservados para PNEs, e 93 assentos na parte do balcão superior. Já o palco tem 19 metros de profundidade e 18 metros de altura. Em oito de dezembro acontece o primeiro grande espetáculo musical que o Teatro apresenta após a revitalização, o musical do Rio de Janeiro, “MPB – A era dos festivais”, de Edu Krieger, com grande elenco.
Apesar de reabertura da casa para grandes shows acontecer apenas no dia oito de dezembro, o Teatro recebe, ainda em novembro, a 28ª Mostra Dulcina e o 1º Festival Dulcina de Moraes, apresentados pela Faculdade Dulcina. Os eventos começam a partir do dia 24 de novembro e vão até 13 de dezembro. Serão várias atividades na programação, como apresentações teatrais dirigidas por professores da instituição e outros diretores, oficinas, exibição de vídeos, entre outras ações que ocuparão todo o complexo cultural.
Inaugurado em 21 de abril de 1980, com projeto de Oscar Niemeyer, o Teatro Dulcina é um dos maiores e mais reconhecidos polos de arte e cultura no Distrito Federal. O palco é também uma extensão da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes respeitada por formar artistas cênicos na capital.
A grande atriz Dulcina de Moraes, declarada como a maior atriz de todos os tempos por Fernanda Montenegro, dá o nome ao Teatro e instituiu a Fundação Brasileira de Teatro (FBT). Ela tinha como objetivo desenvolver o teatro brasileiro e unir os atores, além de prepará-los tecnicamente. A criação, em 1972, da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes – seguida pela inauguração do Teatro Dulcina, em 1980 – incrementa a formação de artistas e fomenta a atividade teatral e de artes plásticas na capital federal.
A revitalização do Teatro Dulcina foi possível com a parceria dos produtores locais Raphael Veiga e Gabriela Braga, com a direção do teatro e o empresariado local (RS Turismo, Hotel Mercure, Nova Brasil FM, Made In Brazil, Óticas Diniz, Bilheteria Digital, Gráfica Movimento, Dona Lenha, Bellini, AlugLog, D2 Geradores, Marc System, Karol Kanashiro Make a Good Art, Casa das Fechaduras) que não só se sensibilizou e compreendeu a importância da revitalização para o cenário cultural da cidade, como doou material e serviços. Além disso, o corpo de funcionários da FBT também participou ativamente de todo o processo.
Release espetáculo MPB A Era dos Festivais
Sucesso absoluto junto ao público do Rio de Janeiro, tendo realizado mais de 30 apresentações desde a sua estreia, em 2016, atraindo milhares de pessoas nos mais importantes teatros da cidade, o espetáculo “MPB – a Era dos Festivais” celebra o repertório de ouro da Era dos Festivais, que marcou a geração dos anos 1960. Foi quando o país revelou talentos como Elis Regina, Chico Buarque, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Edu Lobo e vários outros.
Com direção musical do compositor carioca Edu Krieger, a mostra leva ao palco Nina Wirtti, considerada uma “revelação fulgurante” e um dos maiores destaques da nova geração da MPB, em músicas que mantêm sua força no imaginário brasileiro, e oferecem uma resposta de paz e diálogo aos tempos atuais.
A apresentação revela a atualidade das canções nascidas há cinco décadas e a importância da preservação desse legado, que se tornou referência matriz para toda a produção da MPB desde então.
No roteiro, destacam-se sucessos como “Arrastão” (Edu Lobo e Vinícius de Moraes), “A banda” (Chico Buarque), “Disparada” (Geraldo Vandré e Theo de Barros), “Ponteio” (Edu Lobo e Capinam), “Alegria, alegria” (Caetano Veloso), “Pra não dizer que não falei de flores” (Geraldo Vandré) e “Fio maravilha” (Jorge Ben Jor), entre vários outros. A pesquisa de repertório levou em conta os principais festivais de música realizados nos anos 1960, exibidos pelas TVs Excelsior, Record, Rio e Globo. Destaque para o Festival da Música Popular Brasileira e Festival Internacional da Canção.
Os arranjos são assinados por Marcelo Caldi, um dos mais reconhecidos da nova geração brasileira. O show “MPB – a Era dos Festivais” revela como as letras e melodias desse repertório calam fundo na alma das pessoas, pois são constituintes de nossa identidade cultural. Ao provocar emoção, também evocam diálogo – um diálogo de gerações, pois os artistas presentes no palco são filhos diretos da geração dos anos 1960.
Apesar da diversidade temática das canções, é possível notar um traço comum entre os versos, os quais alude a uma espécie de devir-Brasil, um sentimento tácito de otimismo e luta por um país e uma sociedade mais democrática e igualitária. Em seu nascedouro, a MPB embalou um sonho modernista, de unir o Brasil através de sua cultura, num franco diálogo antropofágico. O caráter político, de protesto e conscientização, também é marca do cancioneiro. Destaca-se ainda a excelência musical dos artistas do espetáculo e o envolvimento afetivo com o universo temático, além das intervenções teatrais, buscando aproximar os vários campos da arte.
Conheça: www.facebook.com/mpberadosfestivais
Vídeo-release: https://tinyurl.com/jtuefaz
Ficha Técnica
Edu Krieger – idealização, direção musical, pesquisa, violão e voz
Nina Wirtti – voz
Marcelo Caldi – teclados, acordeom e voz
Percussão – Fabiano Salek
Sopros – PC Castilho
Sonorização – Fernando Capão
Iluminação – Kátia Barreto
Produção – Fernando Gasparini
Produção local: Raphael Veiga (RV Produção Cultural) e Gabriela Braga (Bela Braga Produções)
SERVIÇO:
MPB A Era dos Festivais – Espetáculo musical
Local: Teatro Dulcina de Moraes
Data: 08 de dezembro de 2018
Horário: primeira sessão às 18 horas
segunda sessão às 21 horas
Classificação: 12 anos
Ingressos: Bilheteria Digital e Made In Brazil (Park Shopping loja 132 – telefone 3462-1066)
Valor dos ingressos: 1º Pavimento R$40,00 meia e R$80,00 inteira
Pavimento superior R$30,00 meia e R$60,00 inteira
Informações produção:
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